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Aprendizados do Maciel na Harvard Business School - 2025 (Parte 02)

Escrito por Antonio Maciel Neto – Academia CEO

12 FEV 2025 - 08H00 (Atualizada em 12 FEV 2025 - 17H21)

Dando sequência ao post da semana passada, sobre os meus aprendizados desse ano na Harvard Business School, vou comentar mais dois casos que estudamos, em profundidade, que se relacionam com a eletrificação de automóveis: o da NIO Inc e o da BMW. O meu passado na indústria automobilística, na Ford Brasil e no Grupo CAOA, e, mais recentemente, atuando como curador do Congresso anual da FENABRAVE, permitiram que eu me envolvesse mais nesses dois casos específicos.

A NIO é uma empresa chinesa, fundada em 2014, que produz veículos elétricos de altíssimo padrão, no topo da indústria, mas que ainda não é conhecida aqui no Brasil. A NIO fez o seu IPO na NYSE, quando levantou U$ 1 bilhão, em 2018, ou seja, no segundo ano do primeiro mandato do Presidente Trump. A empresa contratou executivos das mais destacadas empresas do setor, no mundo todo e estabeleceu centros de pesquisa e desenvolvimento de produtos em vários países, sendo que o centro de design ficou em Munique, na Alemanha. Eles firmaram um JV com a empresa estatal JAC Motors, que fabrica os veículos com a marca NIO, em Hefei, desde 2016.

Me chamou a atenção o lançamento do programa da NIO, em 2020, o conceito de Battery as a Service (BaaS), onde o cliente pode comprar o veículo NIO, alugando a bateria. Dessa forma, o cliente não precisa desembolsar o valor da bateria, que representa, normalmente, entre 30% e 40% do custo total do veículo elétrico, pode fazer upgrade da bateria ao longo do tempo e fica menos preocupado com o valor de revenda do veículo elétrico no futuro.

Outra decisão interessante foi a escolha da Noruega, como primeira opção no processo de internacionalização da empresa. Eles consideraram que a Noruega já tinha um alto nível de penetração de veículos elétricos, um poder aquisitivo elevado e não tinha fábricas de automóveis e assim sendo, não colocam barreiras para a entrada de veículos importados.

Como a NIO nunca teve lucro e já tinha queimado mais de U$ 7 bilhões, quando o case foi escrito, aconteceu um debate quente, sobre o apoio do governo federal chinês e da própria cidade de Hefei, para a NIO, já que esses números não são transparentes. Por outro lado, a NIO continua sendo uma empresa de capital aberto na NYSE e tem feito sucessivas operações no mercado de capitais, além de parcerias com grandes fornecedores e investidores institucionais.




Na próxima semana, eu vou abordar a estratégia diferenciada que a BMW está usando em relação mercado de veículos elétricos.

Antonio Maciel Neto
Fundador e CEO da Academia CEO

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